A jornada de trabalho a partir de 2020
- Luiz Zanutto
- 17 de dez. de 2022
- 3 min de leitura
Atualizado: 4 de jan. de 2023

A pandemia do COVID 19 trouxe uma nova ordem e novas formas de trabalho no mundo, em especial para as áreas administrativas. Diferente do modelo tradicional, a partir de março de 2020 as empresas e os empregados precisaram se adaptar ao Home Office, sob pena de colocar em risco a saúde e vida dos trabalhadores.
Em meados de 2022 após o aumento de pessoas vacinadas, houve a possibilidade do retorno a vida normal, seja nas relações sociais, familiares ou no trabalho, porém, o período mais crítico da pandemia, despertou nas pessoas a necessidade de maior equilíbrio entre a vida profissional, social e familiar.
Os profissionais, em especial os mais jovens, não sentem a necessidade do trabalho presencial para a integração, convivência e troca de experiência com os colegas de trabalho. As relações interpessoais para muitas pessoas está nas redes sociais.
HOME OFFICE E OS NOVOS COMPORTAMENTOS
Importante dizer que na maioria das empresas o Home Office trouxe redução de custos e manutenção dos resultados, assim, poderia pensar que o Home Office estaria sacramentado no Brasil. Não é bem assim, em muitas empresas o distanciamento afetou as relações dentro do time e com os clientes internos.
As discussões através de mensagens de texto nem sempre são entendidas de forma correta e o processo de comunicação perdeu as emoções e a leitura do corpo. Nas reuniões on line há os que ficam com câmeras fechadas, outros aparecem desleixados, outros ainda esquecem-se do compromisso. Foi preciso avaliar o Home Office dentro da cultura da empresa e dos empregados e por isso, algumas empresas decidiram pela volta ao trabalho presencial e outras passaram a adotar o modelo híbrido.

É fato que após a experiência do Home Office houve uma mudança de comportamento nas pessoas. A área de Recrutamento e Seleção está diante de dificuldades para atrair talentos, pois desde a entrevista de abordagem, o candidato se posiciona que busca oportunidade de trabalho na modalidade Home Office ou Híbrido e não demonstram interesse quando a vaga é 100% presencial.
NOVOS TEMPOS, NOVAS EXPERIÊNCIAS
As relações entre o capital e o trabalho estão alteradas e as empresas estão se adaptando e criando modelos de jornadas de trabalho que proporcionem maior equilíbrio com a qualidade de vida. Algumas apresentam como benefícios: Day Pet, Day Off, Licença na Adoção de Pet, Sala para Ócio Criativo, Licença Maternidade e Paternidade estendidas e etc. Não se fala em redução da remuneração.
Surge também a semana de 4 dias, países como Bélgica, Islândia, Emirados Árabes e Escócia já adotaram ou estão em fase da adoção desse novo conceito. Segundo Rodrigo Valinor (remessaonline.com.br) uma pesquisa da empresa norte americana Jefrey, apresentou que 32% dos jovens que pediram demissão permaneceriam nas empresas se fossem oferecido semana de 4 dias e os resultados são promissores segundo alguns dados. Aumento da produtividade, redução de custo e dos índices de estresse e do absenteísmo e alavancou a motivação. A tendência é que o dia de quarta-feira (meio da semana) será o novo dia de descanso. No Brasil algumas empresas de tecnologia já adotaram o modelo, como exemplo a Crawly, NovaHaus, Winnin, AAA Inovação, Gerencianet e EVA (epocanegocios.globo).
Diante desse novo cenário que reforça o conceito de mundo líquido, ou seja, sem forma, sem divisões e sem barreiras, como definiu Zygmunt Bauman, as empresas precisam se reinventar nas relações trabalhistas e se tornar mais criativas, porém sem esquecer que existe a legislação trabalhista no Brasil a qual se mantém inalterada. Portanto, é preciso criatividade, mas sem esquecer-se da segurança jurídica.
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